Sítio Piranhenga – São Luís
Conjunto arquitetônico datado do século XVIII que reúne várias atividades para quem quer ter uma opção diferente de lazer. O local possui uma área de aproximadamente 34 hectares de preservação histórica, cultural e ambiental. Etimologicamente, o nome Piranhenga vem da língua indígena, pira (fogo) + nhenga (lugar), lugar de fogo. O sítio recebeu essa denominação por causa das pessoas que passavam de barco no local e avistavam o fogo dos fornos que queimavam as cascas do sarnambi para produção de cal.
O primeiro proprietário do local foi o senhor de escravizados José Clarindo de Souza. A propriedade foi quase inteiramente construída por mãos escravizadas, restando ainda muitas de suas marcas, como uma senzala próxima às margens do rio Bacanga. Em frente à senzala, há um poço de enorme profundidade utilizado desde a época colonial de onde se extrai a água diretamente do lençol freático. Antes de falecer o senhor José Clarindo deixou a posse do Sítio para seu neto, Luís Eduardo Pires, que por sua vez fundou no local uma fábrica de cal, provocando algumas alterações no Sítio, como transformar a senzala em um depósito para a produção de cal.
Uma escada de 97 degraus em formato de serpente enrolada, que vai a beira do rio até casa grande é uma das atrações do local. Riquíssima em detalhes, a escada possui degraus curtos com pequenas pedras, azulejos portugueses, pinhas, e namoradeiras. As namoradeiras eram muito usadas por casais apaixonados no entardecer, admirando juntos o sol descer no Rio Bacanga. A área externa da Casa Grande pode ser avistada ao fim da escadaria. Ornamentada com pedras e cores vivas que ganhou com o passar dos anos.
Comum das moradas do período colonial há uma capela ao lado da Casa Grande. A capela é toda em estilo do século XVIII, revestida por azulejos em alto relevo. Ao lado há um sino e diz a lenda que ao tocar o sino três vezes e fazer um pedido, o mesmo se realizará.
D. Vírginia, a arquiteta, artista plástica e ex-proprietária do Sítio Piranhenga, introduziu no local a arte mosaica. Ao ganhar peças de louças ela mesma quebrava, para então confeccionar uma lateral da casa como lembrança. Outra curiosidade são os fósseis de animais aquáticos, que teriam sido contrabandeados pelo primeiro morador da casa.
O Sítio Piranhenga é o tipo de local que é melhor ir sem pressa. Depois de uma viagem por séculos de história, o local ainda reserva um atrativo especial para quem curte aventura: trilhas em mata fechada! No sítio também da pra fazer excelentes picnics! Programem-se e curtam esse rolê incrível!
Localização: r. Ipixuna, 100 – Parque Pindorama. A av. dos Africanos dispõe de placas direcionando o caminho. Confiram aqui a localização no Google Maps. Para quem necessita de transporte público, os ônibus Vila dos Nobres e ônibus Parque dos Nobres dão acesso ao local. Basta pedir pra descer próximo a Cepromar. Há também a opção de conhecer o local através do passeio náutico do Sá Viana.
Valor: R$3 por pessoa.
Horário de funcionamento: segunda a sexta das 8h às 16h e sábados das 8h às 12h.
Contato do barqueiro para ter acesso através do passeio náutico: (98) 98822-2083.
Fantástico!
Muito obrigado por multiplicar essa maravilha.
Quando for a São Luís com certeza vou visitar e muitos outros picos que você me apresentou.
Parabéns pela dedicação e trabalho.
Obrigada pela mensagem!! Fico muito feliz que tenha gostado!!!
Sou de São Luis,mas não conheço esse local.Ótima reportagem,bem detalhada com fotos e textos.parabéns.obrigado pois me acrescentou conhecimentos
Que felicidade!!! Ficamos muito gratos com o teu feedback! Massa demaisss!
Eu particularmente não conhecia, sendo ludovicense mais pretendo conhecer muito lindo
Tu vais gostar muito! O lugar é encantador!
será que dar pra ir de bike ?
Da pra ir de bike sim!!
Eu moro do lado desse sítio a cerca de 2 meses, e só agora fui descobrir a maravilha que ele é!
Tive interesse em pesquisar por outros motivos e acabo de descobrir uma perfeição 😍
Ele é incrível!!! Um dos locais mais interessantes de São Luís!
Reportagem maravilhosa, quero muito ir nesse lugar. E especial atenção para o uso do termo “escravizado”, e não “escravo”, já que as pessoas estavam forçadamente nessa condição. Parabéns! Já quero ir lá.
Tua vais adorar! É um dos meus passeios preferidos na cidade. Vou sempre que posso!!!